domingo, 3 de junho de 2012

Não se pode falar em condenação eterna


Muitos acreditam na crença das penas eternas, como se Deus pudesse ser pego de surpresa com os nossos erros. Há, no mundo cristão, a crença de que, se nós cometemos pecados usando mal o nosso livre-arbítrio, Deus nos punirá com a condenação eterna num inferno de fogo e enxofre.

Primeiro, não existe fogo nem enxofre no mundo espiritual por se tratarem de elementos físicos. Segundo, sendo Deus infinitamente bom, infinito é o seu perdão. Então, se o perdão é infinito, temos a eternidade para nos arrepender e sermos perdoados.

Mas as igrejas não admitem que, se Deus criou as almas e lhes deu o livre-arbítrio, antes disso, o Criador já possuía a presciência, sabendo antecipadamente a decisão que seu filho tomaria.
Com base nessa premissa, não se pode falar em condenação eterna. Se as almas são criadas no momento da concepção, Deus sabe qual alma irá sucumbir à vida terrena. E, se sabe, então por que a criou? Seria melhor criar almas que usariam o livre arbítrio apenas para o bem.

Independentemente dos erros, sempre teremos oportunidades de quitá-los perante a justiça divina. Não é justo, por causa de um pecado, Deus condenar eternamente essa alma sem usar um critério justo de proporcionalidade de pena, punindo a todos da mesma forma, independentemente do grau de seus pecados.

Se o pecado é temporário, a pena não pode ser eterna, e se não é da vontade do pai que nenhum de seus filhos se percam (Mt 18:14), então, a vontade de Deus é a que prevalece, logo, todos serão salvos.

Publicado no O Tempo

http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=199904,OTE&IdCanal=2



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