A população brasileira reclama da falta de leitos hospitalares, culpando os profissionais da saúde e o governo por isso. Mas há um ponto que merece atenção e reflexão. Pelo menos 50% dos leitos hospitalares estão ocupados por pessoas que, durante longos anos, cultivaram excessos de toda natureza.
Por exemplo: o alcoolismo é a terceira doença que mais mata no mundo. No Brasil, 90% das internações nos hospitais psiquiátricos têm como causa o álcool, que também dilacera o pâncreas e o fígado.
O fumo mata milhões de pessoas no mundo, causando câncer no pulmão, na boca, na faringe e no estômago. Provoca infarto no miocárdio, aneurisma, catarata, doenças respiratórias e até amputação de membros. Muitos pacientes chegam ao cúmulo de, escondidos, fumarem dentro do próprio hospital.
As drogas ilícitas causam arritmia cardíaca, trombose, necrose cerebral, AVC, insuficiência renal e cardíaca, depressão, perda de memória e disfunções no sistema reprodutor e respiratório, além de câncer.
Enquanto essas pessoas ocupam leitos, devido a seus desregramentos, as que levaram uma vida regrada e sem vícios ficam sofrendo em casa ou nos corredores dos hospitais, sem atendimento.
Não há outra saída para a melhoria da saúde pública se a população não conter seus vícios. Um melhor atendimento ao público não basta, é preciso mais que isso: a conscientização do povo de que está morrendo por causa de seus próprios vícios.
É preciso prevenir.
Publicado no O Tempo de Belo Horizonte
http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=188612,OTE&IdCanal=2
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