sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Os dois pilares da fé cristã são baseados em mitos

Os dois pilares que sustentam a fé cristã são a morte de Jesus na cruz como remissão dos pecados e sua ressurreição. Para um bom observador, esses fundamentos estão, aos poucos, perdendo força e credibilidade. Como explicar Jesus ter morrido na cruz para salvar a humanidade dos pecados se a humanidade nem mesmo existia? Deus não enviou Jesus ao mundo para ser cuspido, chicoteado e pregado numa cruz para, depois de todo esse suplício, perdoar os pecados que nem mesmo tinham sido cometidos. Ninguém é perdoado por antecipação.

Sobre a ressurreição, há relatos de que o deus Hórus, do antigo Egito, também ressuscitou no terceiro dia. Da mesma forma que Krishna também ressuscitou. No Bhagavad Gitá, Krishna era considerado o deus encarnado na Terra, o salvador do mundo. Nasceu miraculosamente de uma virgem e declarava: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". E, para surpresa dos cristãos, Hórus ressuscitou El-Azaru, que, traduzido para o latim, é Lázaro. Se a história diz que Jesus ressuscitou esse homem, Hórus o fez muito antes de Jesus nascer.


O Jesus histórico foi mitificado por Paulo para ser aceito pelos romanos e se igualar a outras divindades cultuadas por religiões mais antigas. Nota-se que os dois pilares da fé cristã não estão baseados em fatos originais, mas em mitos. Todavia, essa mítica não desmerece a figura do Jesus histórico, que nos trouxe ensinamentos elevados de boa conduta que servem para todos os seres humanos por serem universalistas.


Publicado no O Tempo de Belo Horizonte

http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=191787,OTE&IdCanal=2



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2012 e a Nova Era



É natural ao fim de cada ano surgir muitas predições e especulações sobre o futuro, mas onde está a verdade sobre tais anunciações? O espiritismo por se basear na lógica e na ciência, tem uma posição diferente de linhas religiosas mitológicas. Segundo os espíritos Superiores, haverá uma mudança de comportamento, uma mudança consciencial, que será gradativa. Os cataclismos já estão acontecendo com terremotos e tsunamis, que são necessários para a depuração da raça humana e não um castigo divino como pensam alguns. A comunidade científica com ajuda de milhares de astrônomos amadores e do telescópio Hubble, não identificou nenhum planeta ou meteoro que possa vir a colidir com a Terra, para um suposto “fim do mundo”. Muitas especulações têm como referência as profecias Maia, que eram excelentes astrônomos e observadores e mapearam com bastante precisão as fases e movimentos de diversos corpos celestes, todavia, não previram sua própria extinção. Mas haverá uma mudança de Era, quando o mundo receberá uma grande legião de Espíritos mais evoluídos que formarão os seres da Nova Era, prevista por Kardec, proposta por Jesus, anunciada por João na Bíblia. Em Lucas, lemos:Eis que quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de água segui-o até à casa em que ele entrar.”(Lc 22:10). O homem que leva um cântaro de água é o símbolo de Aquárius e Jesus representa a Era de Peixes (Ichthys), pois era considerado o pescador de homens, daí do símbolo do cristianismo no passado ser um. Então passaremos para a Era de Aquarius. Sobre o fim do mundo, em Apocalipse, livro central desta idéia surge em (Mt 28:20), onde Jesus afirma: “Eu estarei convosco até ao fim do mundo”,mas em outra bíblia, lemos: (...)“até a consumação dos séculos”. Todavia, os textos estão mal traduzidos e a palavra grega usada era “aeon” (αιών) , que significa Era. “Eu estarei convosco até ao fim da Era”. Portanto, no ano vindouro, aproveitemos para melhorar o nosso modelo mental, colaborando para a melhora do planeta, pois as novas gerações transformarão o planeta Terra num mundo de regeneração.


Publicado na Folha do Interior

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Excessos por causa dos vícios lotam os hospitais


A população brasileira reclama da falta de leitos hospitalares, culpando os profissionais da saúde e o governo por isso. Mas há um ponto que merece atenção e reflexão. Pelo menos 50% dos leitos hospitalares estão ocupados por pessoas que, durante longos anos, cultivaram excessos de toda natureza.

Por exemplo: o alcoolismo é a terceira doença que mais mata no mundo. No Brasil, 90% das internações nos hospitais psiquiátricos têm como causa o álcool, que também dilacera o pâncreas e o fígado.


O fumo mata milhões de pessoas no mundo, causando câncer no pulmão, na boca, na faringe e no estômago. Provoca infarto no miocárdio, aneurisma, catarata, doenças respiratórias e até amputação de membros. Muitos pacientes chegam ao cúmulo de, escondidos, fumarem dentro do próprio hospital.


As drogas ilícitas causam arritmia cardíaca, trombose, necrose cerebral, AVC, insuficiência renal e cardíaca, depressão, perda de memória e disfunções no sistema reprodutor e respiratório, além de câncer.


Enquanto essas pessoas ocupam leitos, devido a seus desregramentos, as que levaram uma vida regrada e sem vícios ficam sofrendo em casa ou nos corredores dos hospitais, sem atendimento.


Não há outra saída para a melhoria da saúde pública se a população não conter seus vícios. Um melhor atendimento ao público não basta, é preciso mais que isso: a conscientização do povo de que está morrendo por causa de seus próprios vícios.


É preciso prevenir.

Publicado no O Tempo de Belo Horizonte

http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=188612,OTE&IdCanal=2

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O espiritismo é o cristianismo redivivo

O cristianismo primitivo foi transformado ao longo dos séculos numa religião mítica, onde criaram vários dogmas exclusivistas e artigos de fé divisionistas que acabou desviando do foco principal que era melhorar o coração dos homens. Até os nossos dias a mítica é mais divulgada que os ensinamentos éticos. É por este motivo que o espiritismo tenta resgatar o cristianismo puro e simples. Ele é o cristianismo redivivo que apóia os simples princípios de boa conduta ensinados por Jesus. Muitas crenças míticas foram herdadas de outras religiões e os teólogos antigos deram mais ênfase a elas do que aos ensinamentos universalistas. Por isso que Kardec, no Evangelho Segundo o Espiritismo, deu grande atenção aos ensinamentos de Jesus, sem se prender a pontos divergentes ou citações míticas. Metaforicamente falando, os mitos podem ser verdadeiros, mas jamais devem ser aceitos literalmente. Os mitos e os artigos de fé acabaram distanciando as pessoas devido ao seu exclusivismo. O respeito ao semelhante e a natureza com o um todo, o amor e a fraternidade incondicional deixaram de ser o mais importante na religião cristã, e é isto que esta faltando hoje no planeta: união e amor. Ter consciência espírita ou consciência cristã é pôr em pratica esses valores éticos básicos e não a aceitação de crenças estranhas que estão matando o cristianismo. Estamos com dois mil anos de catequese cristã e nem por isso o mundo melhorou como deveria, Jesus é o nosso guia e modelo. É o representante do Amor e é preciso que os homens se voltem mais para a pratica do bem e da elevação do que a simples aceitação de regras de fé ou dogmas que não conseguem transformar as pessoas em seres humanos melhores. É por este motivo que o espiritismo veio resgatar o evangelho primitivo ou de origem, pois sem os divisionismos exclusivistas, poderemos atingir o principal objetivo; a união das pessoas.

A religião precisa evoluir

O Espiritismo tem como tríade a religião, filosofia e a ciência. Na religião temos o ensino comportamental deixado por Jesus, como um código de ética que serve para todas as pessoas inclusive para quem não tem religião. Na base filosófica, o uso da lógica aristotélica com o uso da razão e o bom senso. É a arte do pensar bem, carro chefe da doutrina, sem a aceitação cega ou submissa. A ciência espírita é de observação com base nos fenômenos espirituais que são de ordem natural. Para entender o espiritismo é necessário haver os três aspectos que faz com que o homem evolua moral, intelectual e cientificamente. Não há como a humanidade evoluir sem essa tríade. No passado acreditava-se que a Terra era plana e que ficava no centro do sistema solar. Pensava-se que Deus castigava os povos como lemos nas paginas do Antigo Testamento. O deus cruel e vingativo, imperfeito e instável era o conceito de Deus cultivado pelos homens do passado. Mas somente após o iluminismo foi rompida as algemas da ideologia religiosa dominante, que inibia o livre pensamento, formando um novo conceito filosófico religioso. A religião precisa evoluir de acordo com o mundo e as que não seguirem essa evolução deixaram de existir, pois a humanidade fará a seleção naturalmente, sem guerras ou imposições. O tempo dos mitos e lendas cristãs já passou, hoje estamos na Era do Espírito, onde descobrimos novos horizontes que somente a doutrina dos Espíritos pode explicar. Kardec além de prudente, afirmou: “se o espiritismo estiver em desacordo com a ciência, que ele se modificasse naquele ponto e seguisse a ciência”. A doutrina é progressista própria para o homem do século XXI, pois, que não teme a evolução do mundo. O espírita também é um livre pensador, não havendo espaço para dogmas absolutos ou regras humanas impróprias, pois quem ama a verdade não teme questionar a própria crença.

O espiritismo e a iconolatria


Há no meio cristão o culto à Maria e os católicos usam como símbolo uma imagem. Os espíritas não utilizam nenhum tipo de imagens ou simbologia, por entendermos ser desnecessário, todavia, respeitamos os nossos irmãos católicos que assim desejam professar sua fé. E Maria merece o respeito de todos nós, pois, foi a mãe do nosso guia e modelo, Jesus. É um grande equivoco algumas linhas de fé cristã pensarem que Deus proibiu o culto a imagens como lemos no (Ex 20,40). Se por um lado foi o Criador que proibiu, por outro, ele mesmo manda construir uma serpente de bronze (Nm 21:8) e dois querubins de ouro (Ex 25,18). Pela evidente contradição nota-se que tal ordenamento não é divino mas humano, criado pelo legislador hebreu na intenção de fazer o seu povo acostumar a adorar um Deus invisível. Os católicos sabem muito bem que não é a imagem em si que irá ajudá-los, mas é uma forma de reverenciar o seu santo de devoção. Imagine se o Criador do universo estaria preocupado com seus filhos que rezam diante de uma imagem. É mais condenável os que repudiam de forma hostil esse ato de fé dos católicos. Uma vez que o fiel se sinta bem, ajoelhado diante de uma imagem, a concentração se torna maior e o poder do pensamento atinge o objetivo. O importante é que seja uma oração com sentimentos sinceros, de forma silenciosa para manter a paz interior e o devido equilíbrio em sintonia com o Alto. Se um dia quisermos fazer parte de um só rebanho para um só pastor, é necessário dar atenção aos pontos convergentes, mantendo um convívio harmonioso com todas as religiões. Se Jesus não fundou religião nenhuma, então, não se pode dizer que esta é melhor do que aquela, pois todas são humanas.