No O Livro dos Espíritos, questão 459, Kardec pergunta: Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? "Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem." Nota-se que as influências existem e podemos ser “induzidos” a tomar esta ou aquela atitude, e toda a ação vai depender não da influência do espírito propriamente dito, mas do nosso livre arbítrio. Essas influências são de todas as maneiras tanto para o bem como para o mal e não é difícil pressentir quando estamos sendo influenciados; é perceber se o que nos vem à mente está de acordo com os princípios de boa conduta ou não. Se o encarnado não fuma nem bebe, certamente os espíritos que ainda sentem a sensação material dessas substâncias não vão induzir a pessoa a beber ou a fumar, pois ela não possui esses vícios. Esses espíritos não são demônios como muitos pensam, são espíritos humanos, pois, para sentir essa vontade, seria preciso ter cultivado esses vícios na Terra. Portanto, é o espírito da pessoa que cultivou esses vícios que se aproxima de quem os possui. E não são somente esses vícios, mas os de roubar, matar ou violar os princípios de boa conduta que constituem uma sociedade civilizada. Veja a questão 461 de O Livro dos Espíritos: Como havemos de distinguir os pensamentos que nos são próprios dos que nos são sugeridos? "Quando um pensamento vos é sugerido, tendes a impressão de que alguém vos fala. Geralmente, os pensamentos próprios são os que acodem em primeiro lugar. Afinal, não vos é de grande interesse estabelecer essa distinção. Muitas vezes, é útil que não saibais fazê-la. Não a fazendo, obra o homem com mais liberdade. Se se decide pelo bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho, maior será a sua responsabilidade”. Portanto, os espíritos agem no campo comportamental do indivíduo pela lei de afinidade, então, podemos atrair espíritos maus, viciosos, doentes, mas também os bons Espíritos, que estão sempre a postos para nos ajudar e proteger.
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