quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Igreja boicota novela




A imprensa noticiou que o site exercitouniversal.com.br, formado por fiéis da igreja Universal do Reino de Deus, recomendou o boicote à novela ”Salve Jorge” da Rede Globo. Um dos posts que circula no Facebook diz que a novela vai adorar um “ogum” (identificado como “entidade espírita”) , e que os evangélicos, que “crêem em Jesus”, não devem dar audiência ao folhetim. Esclareça-se de inicio que nós espíritas não adoramos Ogum nem nenhuma entidade africana. Respeitamos os católicos e umbandistas que desejam expressar sua crença da forma que melhor lhes convier.  Mas o que causa preocupação é o fato desse “espírito de seita”, que é anticristão, dizer que São Jorge é entidade espírita, o que demonstra total ignorância sobre o assunto, como se Allan Kardec tivesse sido frequentador de terreiro ou tivesse canonizado alguém. Faz-se mister esclarecer que os responsáveis pelo site não conhecem absolutamente nada sobre a doutrina espírita, por isso demonstram falta de ética ao vir a público falar do que não sabem. Se dizem cristãos, não deveriam condenar as pessoas como se elas fossem suas inimigas, e ainda, debochadamente, afirmarem: “amamos os espíritas, porém não somos obrigados a aceitar isso em nossa casa”; como se a rede Globo pertencesse aos espíritas. Se o deus da bíblia condena adoração de imagens, por outro lado, ele mesmo manda construir dois querubins de ouro e uma serpente de bronze. Apesar de os espíritas não possuírem imagens, perguntamos: é pra construir ou não é para construir imagens? Nota-se que até o deus da bíblia cai em contradição. Os santos da Igreja católica sempre trabalhavam para o Bem; Chico Xavier e Bezerra de Menezes tinham o caráter ilibado, e que mal pode haver em assistir uma novela que fala sobre um santo? Não sou advogado da ICAR, nem da umbanda, mas não se pode misturar Garibaldi com balde de gari. Eles deveriam no mínimo, respeitar o livre arbítrio dos fieis. Portanto, cada coisa no seu lugar. É claro que as pessoas inteligentes, bem informadas, que já aprenderam a pensar por conta própria, certamente não acreditarão nesse tipo de manobra que, na verdade, tem como única preocupação a disputa de audiência. Se não for isso quem sabe seria: “geralmente se proíbe o que se teme”.



terça-feira, 16 de outubro de 2012