Allan Kardec não estava sozinho nos estudos espíritas de sua época, havia grandes homens ao seu lado. Kardec estudou em Yverdun (Suíça), com Pestalozzi, de quem se tornou discípulo. Exerceu grande influência na reforma nos estudos na Alemanha e França. Publicou o Curso prático e teórico de aritmética; Gramática francesa clássica; Catecismo gramatical da língua francesa. Tornou-se professor no Liceu Polimático em Fisiologia, Astronomia, Química e Física em 1849.William Crookes, sábio inglês e físico, seguiu os estudos de Kardec e realizou experiências com a médium Florence Cook; demonstrando que os espíritos voltam e se tornam visíveis, tangíveis e examináveis, de modo a não deixar dúvidas quanto à imortalidade da alma e sua possibilidade de comunicação com os vivos. Arthur Conan Doyle, criador de “Sherlock Holmes”, de família católica, gostava de ler Darwin e foi um fervoroso espírita. Escreveu entre outras obras: “A Historia do Espiritismo” e o “O Caso das Fotografias de Espíritos” e realizava palestras mostrando espíritos fotografados por ele. Vitor Hugo autor do romance “os Miseráveis”, era inimigo da pena de morte: "A cabeça do homem do povo está cheia de princípios úteis... cultivai, decifrai, regai, esclarecei, moralizai, utilizai essa cabeça e não tereis necessidade de cortá-la!". Era pensador, dramaturgo, romancista, historiador, panfletista, orador, jornalista e espírita. O astrônomo Camille Flamarion, grande erudito e espírita convicto, amigo de Kardec, foi o escolhido para fazer a prece durante o enterro do Codificador do Espiritismo. Monteiro Lobato registrou em atas as sessões mediúnicas das quais participava em grupo familiar. Lobato se tornou espírita por meio de leituras de William Crookes, conforme consta no livro: Monteiro Lobato e o Espiritismo. Ernesto Bozzano foi um erudito italiano e trabalhou com Eusápia Paladino, médium de efeitos físicos. Alexandre Aksakof, diplomata russo e filosofo, estudou a materialização de espíritos e refutou posições materialistas. Friedrich Zöllner, físico alemão e William Crawford da Universidade de Belfast também contribuíram com seus estudos. O Espiritismo sempre despertou interesse de intelectuais, sábios, cientistas, pessoas comuns, em todos os tempos, pois é profundo e verdadeiro, evolucionista e progressista, próprio para responder questionamentos do mundo moderno.
Publicado na Folha do Interior