sábado, 14 de janeiro de 2012

Cientistas e expoentes espíritas



Allan Kardec não estava sozinho nos estudos espíritas de sua época, havia grandes homens ao seu lado. Kardec estudou em Yverdun (Suíça), com Pestalozzi, de quem se tornou discípulo. Exerceu grande influência na reforma nos estudos na Alemanha e França. Publicou o Curso prático e teórico de aritmética; Gramática francesa clássica; Catecismo gramatical da língua francesa. Tornou-se professor no Liceu Polimático em Fisiologia, Astronomia, Química e Física em 1849.William Crookes, sábio inglês e físico, seguiu os estudos de Kardec e realizou experiências com a médium Florence Cook; demonstrando que os espíritos voltam e se tornam visíveis, tangíveis e examináveis, de modo a não deixar dúvidas quanto à imortalidade da alma e sua possibilidade de comunicação com os vivos. Arthur Conan Doyle, criador de “Sherlock Holmes”, de família católica, gostava de ler Darwin e foi um fervoroso espírita. Escreveu entre outras obras: “A Historia do Espiritismo” e o “O Caso das Fotografias de Espíritos” e realizava palestras mostrando espíritos fotografados por ele. Vitor Hugo autor do romance “os Miseráveis”, era inimigo da pena de morte: "A cabeça do homem do povo está cheia de princípios úteis... cultivai, decifrai, regai, esclarecei, moralizai, utilizai essa cabeça e não tereis necessidade de cortá-la!". Era pensador, dramaturgo, romancista, historiador, panfletista, orador, jornalista e espírita. O astrônomo Camille Flamarion, grande erudito e espírita convicto, amigo de Kardec, foi o escolhido para fazer a prece durante o enterro do Codificador do Espiritismo. Monteiro Lobato registrou em atas as sessões mediúnicas das quais participava em grupo familiar. Lobato se tornou espírita por meio de leituras de William Crookes, conforme consta no livro: Monteiro Lobato e o Espiritismo. Ernesto Bozzano foi um erudito italiano e trabalhou com Eusápia Paladino, médium de efeitos físicos. Alexandre Aksakof, diplomata russo e filosofo, estudou a materialização de espíritos e refutou posições materialistas. Friedrich Zöllner, físico alemão e William Crawford da Universidade de Belfast também contribuíram com seus estudos. O Espiritismo sempre despertou interesse de intelectuais, sábios, cientistas, pessoas comuns, em todos os tempos, pois é profundo e verdadeiro, evolucionista e progressista, próprio para responder questionamentos do mundo moderno.

Publicado na Folha do Interior

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Conheça um pouco do Hubble




O telescópio Hubble foi idealizado na década de 40, projetado e construído nos anos 70 e 80 e em funcionamento desde 1990, o Telescópio Espacial "Hubble" está revolucionando a Astronomia, representando nos dias de hoje aquilo que a luneta de Galileu representou no século XVII. A grande importância do Telescópio Espacial Hubble (nome dado em homenagem ao astrônomo norte-americano Edwin Powell Hubble que viveu de 1889 a 1953) está no fato de ele estar fora da atmosfera da Terra. A luz dos astros para chegar a ele não precisa passar por nossa atmosfera. Toda informação que obtemos de um astro está na luz que vem deles. A atmosfera sempre "some" com parte dessa informação e é por isso que os observatórios astronômicos profissionais sempre são construídos em locais bem altos. Mesmo assim um telescópio "de solo" somente conseguirá momentaneamente uma resolução de imagem superior a 1,0 segundo de arco, isso em condições atmosféricas extremamente adequadas à observação. Com essa resolução somos capazes de ver uma bola de futebol a 51,5 km de distância. A resolução do Hubble é cerca de 10 vezes melhor, ou seja, de 0,1 segundo de arco. Com essa resolução e com a ajuda de técnicas de reduções fotográficas feitas por computador, podemos distinguir separadamente objetos suficientemente brilhantes a até menos de dois metros de distância um do outro, como os dois faróis de um carro que estivesse na Lua.


A "potência" de um telescópio está na quantidade de luz que ele pode receber instantaneamente de um objeto. Quanto maior o diâmetro da objetiva do telescópio, maior a sua "potência". O Hubble é um telescópio refletor (seu elemento óptico principal é um espelho) com 2,40 metros de diâmetro. Se fosse um telescópio de solo ele seria considerado de porte médio. (Os 2 maiores telescópios do mundo estão no observatório de Mauna Kea no Havaí e têm 10 metros de diâmetro cada. Existem 28 telescópios maiores que o Hubble, espalhados pelo mundo, em funcionamento.) Mais que um telescópio, o Hubble é um verdadeiro observatório espacial, contendo instrumentação necessária a vários tipos de observação. (Contém 3 câmeras, 1 detector astrométrico e 2 espectrógrafos). Além de fotografar os objetos e medir com grande precisão suas posições, o Hubble é capaz de "dissecar" em detalhes a luz que vem deles. O Hubble está em uma órbita baixa, a 600 km da superfície da Terra e gasta apenas 95 minutos para dar uma volta completa em torno de nosso planeta. Com atenção é possível observar a passagem do Hubble pelo céu, da mesma forma que se pode ver um satélite orbital passando por cima de nossa cabeça. A energia necessária para o seu funcionamento é coletada por 2 painéis solares de 2,4 x 12,1 metros cada. A sua massa é de 11.600 kg.



Os objetivos do Hubble podem ser resumidos como sendo: Investigar corpos celestes pelo estudo de suas composições, características físicas e dinâmica; Observar a estrutura de estrelas e galáxias e estudar suas formação e evolução; Estudar a história e evolução do universo. Para atingir seus objetivos a pesquisa do Hubble é dividida em Galáxias e Aglomerados; Meio Interestelar; Quasares e Núcleos Ativos de Galáxias; Astrofísica Estelar; Populações Estelares e Sistema Solar. Curiosamente, o Hubble com todo o seu desempenho não consegue “enxergar” um astronauta no solo lunar.



Jupiter visto pelo Hubble